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Ted Bundy

  • Foto do escritor: Yasmin Bezerra da Cunha
    Yasmin Bezerra da Cunha
  • 17 de jul. de 2020
  • 6 min de leitura


Theodore Robert Bundy, mais conhecido pela alcunha de "Ted Bundy"  foi um notório assassino em série americano que sequestrou, estuprou e matou várias mulheres jovens na década de 1970 ou antes. Após quase uma década de negação, antes de sua execução em 1989, ele confessou trinta homicídios em sete estados de 1974 a 1978. O real número de vítimas, contudo, pode ser bem maior.

Bundy era considerado um homem bonito e carismático, traços que ele utilizava para conquistar a confiança de suas vítimas e da sociedade. Bundy se aproximava de suas vítimas em locais públicos, fingindo lesão ou incapacidade, ou fingindo ser uma figura de autoridade, antes de ataca-las e deixa-las inconscientes e as levava a locais reclusos para estuprá-las e depois matá-las. Às vezes ele retornava a cena dos crimes, ajeitando o local e tendo relações sexuais com os cadáveres em decomposição até a fase de putrefação ou outros acontecimentos, como animais selvagens mexendo nos corpos, que o impedisse de continuar. Ele decapitou ao menos doze vítimas e manteve algumas das cabeças em seu apartamento como lembranças. Em algumas ocasiões, ele invadiu a casa de suas vítimas à noite e as espancava enquanto dormiam.

Em 1975, Bundy foi preso pela primeira vez, sendo capturado pelas autoridades de Utah por sequestro e tentativa de agressão criminosa. Ele então se tornou suspeito de uma longa lista de homicídios que aconteceram em vários estados. Enfrentando acusações de assassinato em Colorado, ele orquestrou duas engenhosas fugas e voltou a cometer crimes na Flórida, incluindo três homicídios, antes de ser recapturado em definitivo em 1978. Pelos homicídios cometidos na Flórida, ele recebeu três sentenças de morte em dois julgamentos. Durante seus julgamentos, Bundy, formado em direito e psicologia, agiu como seu próprio advogado em vários momentos, concedeu entrevistas a jornalistas e atraiu enorme atenção da mídia por sua eloquência e carisma. Ele tentou utilizar este interesse midiático ao seu favor, ao passo que resistia a confessar seus crimes, numa tentativa de adiar sua execução. Contudo, Bundy foi levado para a cadeira elétrica, na Prisão Estadual da Flórida em Raiford, e executado, em 24 de janeiro de 1989.


O filme “A irresistível face do mal”, estrelado por Zac Efron, conta a história do psicopata.



Infância atribulada Theodore nasceu em novembro de 1946 e viveu na casa dos avós até sua mãe, Eleanor Louise Cowell, encontrar seu padrasto — de quem veio o sobrenome Bundy. O problema é que a infância do rapaz foi atribulada: além de ter que conviver com as explosões de violência do avô (que muitas vezes agredia a avó), Ted foi criado acreditando que sua mãe era na verdade sua irmã, e seus avós, seus pais adotivos. Nas diversas entrevistas que concedeu após se tornar famoso, Bundy demonstrou ternura pelos avós, mas relatou mais de uma vez que não tinha amigos e que “não sabia o que os outros buscavam em uma amizade”. Foi investigado por roubos duas vezes durante o ensino médio, mas sua ficha foi limpa quando ele alcançou a maioridade.

O que mais chocou o mundo na época em que Ted Bundy foi condenado à morte pelo assassinato de 36 jovens foi o seguinte: ele era um cara comum. Com olhos azuis e cabelos escuros, o rapaz estava sempre arrumado e esbanjava simpatia.



Quando o assunto era amor, também não havia nada que destoasse do convencional. Bundy namorou várias garotas, mas seu grande amor foi Elizabeth Kloepfer. Os dois ficaram juntos por algum tempo e o psicopata atuou como figura paterna para Tina, filha da parceira, até o término do relacionamento.


Um dos ataques de Bundy ocorreu contra Carol DaRonch, que felizmente conseguiu escapar e contatar a polícia. A estudante deu às autoridades uma descrição do homem, do Volkswagen que ele dirigia e uma amostra de seu sangue que ficou em sua jaqueta durante a luta. Poucas horas após o ataque de DaRonch, Debbie Kent, de 17 anos, desapareceu. Nessa época, pedestres descobriram um “cemitério de ossos” em uma floresta de Washington e, após análises, foi constatado que os corpos pertenciam a mulheres desaparecidas em Washington e Utah. Investigadores de ambos os estados comunicaram-se e elaboraram um perfil e esboço composto de um homem chamado "Ted”.


Inconsciente do crescente interesse da força policial por ele, Bundy continuou viajando pelos Estados Unidos, seduzindo mulheres e as assassinando. Foi por acidente que, em agosto de 1975, o rapaz foi preso.



Prisão: parte 1 O oficial de trânsito Bob Hayward realizava um procedimento padrão tentando parar um carro que ia em alta velocidade —, mas suas suspeitas cresceram quando o motorista tentou fugir, desligando as luzes do carro e desrespeitando os sinais vermelhos.Quando finalmente conseguiu alcançar o Volkswagen, o guarda revistou o veículo e, para sua surpresa, encontrou algemas, um picador de gelo, um pé-de-cabra, uma meia-calça com buracos para os olhos e outros itens questionáveis. Hayward resolveu prender o rapaz por suspeita de roubo. O que o oficial não sabia é que acabara de capturar um dos homens mais procurados nos Estados Unidos: Ted Bundy



O rapaz foi preso e condenado pela tentativa de sequestro de Carol DaRonch — e teria sido julgado pela morte de Caryn Campbell se não tivesse conseguido, depois de duas tentativas falhas, fugir da prisão em dezembro de 1977. Neste momento Bundy já era temido e procurado em todo o país, mas foram os assassinatos de 14 de janeiro de 1978 que o tornaram realmente famoso. Ele invadiu a casa de fraternidade Chi Omega da Universidade Estadual da Flórida, onde estava à época, espancou e estrangulou até a morte duas meninas, estuprando uma delas e mordendo-a brutalmente em suas nádegas e em um mamilo. O assassino também bateu na cabeça de outras duas moradoras da casa, que conseguiram sobreviver. Os investigadores atribuíram o salvamento das duas a Nita Neary, que também vivia no local, pois ela chegou em casa e interrompeu Bundy antes que ele pudesse matá-las.


Como Neary explicou à polícia, ela chegou em casa por volta das 3 da manhã e notou que a porta da frente estava entreaberta. Quando entrou, ouviu passos apressados no andar de cima e se escondeu atrás de uma porta. Foi aí que pôde ver um homem vestindo um boné azul e carregando algo que se assemelhava a um tronco deixar a casa. Bundy ainda invadiu outra residência naquela noite e tentou estuprar uma jovem, mas desistiu por medo de ser capturado.


Prisão: parte 2 Em 9 de fevereiro de 1978, Bundy matou novamente. Desta vez a vítima foi Kimberly Leach, de 12 anos, que ele sequestrou, mutilou e jogou em um rio. Uma semana depois do sumiço da jovem, Bundy cometeu um erro: dirigir um veículo roubado em Pensacola, na Flórida. Ele foi parado na rodovia e preso. Graças à cooperação de testemunhas da Universidade da Flórida, das outras vítimas dos assassinatos em Chi Omega e dos colegas de Leach, o serial killer foi condenado pela justiça.


Outros fatos importantes foram as evidências físicas que o ligavam aos três assassinatos —, dentre eles um molde feito a partir das marcas de mordidas encontradas em uma das vítimas da irmandade.


Durante seus julgamentos, Bundy resolveu defender a si mesmo: “Ficarei com o homem que mais conheço no momento, e este sou eu”, declarou a um jornalista da época. Achando que poderia ganhar os processos, recusou um acordo pela qual se declararia culpado de matar as duas vítimas da irmandades e Kimberly LaFouche em troca de três sentenças de 25 anos.


Bundy foi a julgamento na Flórida em 25 de junho de 1979 pelos assassinatos das mulheres da fraternidade. O julgamento foi televisionado e Bundy agiu de forma midiática e sedutora para tentar convencer o júri — e os norte-americanos — de sua inocência. Mesmo assim foi considerado culpado e recebeu duas sentenças de morte.



Em 7 de janeiro de 1980, Bundy foi a julgamento por matar Kimberly Leach, mas desta vez permitiu que seus advogados o representassem. A estratégia da defesa foi pedir absolvição alegando insanidade — a única defesa possível com a quantidade de provas que o Estado tinha contra ele. Seu comportamento foi muito diferente durante esse julgamento, exibindo ataques de raiva, esticando-se em sua cadeira e encarando o júri e a plateia. Bundy foi considerado culpado e recebeu sua terceira sentença de morte.


Todas as vítimas conhecidas de Bundy eram mulheres brancas, com cabelos longos e lisos repartidos ao meio. A maioria era de classe média, tinha entre 15 e 25 anos e era estudante universitária. O grande amor de sua vida, Elizabeth Kloepfer, também tinha esse perfil. Na última conversa que teve com ela, Bundy contou ter se afastado propositadamente "quando sentiu o poder de sua doença se acumulando nele", indicando que poderia vir a matá-la.

O modus operandi de Bundy evoluiu em organização e sofisticação ao longo do tempo, como é típico dos assassinos em série, de acordo com especialistas do FBI. Logo no início, consistia na invasão de uma casa durante a noite, seguida de um ataque violento enquanto a vítima dormia. À medida que sua “metodologia” evoluiu, Bundy tornou-se progressivamente mais organizado em sua escolha de vítimas e cenas de crime.Uma vez perto ou dentro de seu carro, a vítima era dominada, espancada e algemada antes de ser abusada e estrangulada. Bundy então transportava as vítimas para um local secundário pré-selecionado, muitas vezes a uma distância considerável de onde havia feito a abdução.


Antes de desenvolver um padrão, contudo, Bundy provavelmente matou diversas pessoas. Estudando a vida e as afirmações do serial killer, as autoridades chegaram ao número aproximado de 65 outras possíveis vítimas. O primeiro assassinato teria sido aos 14 anos, quando Bundy teria matado um vizinho de 8 anos.


Suas últimas palavras foram: "Jim e Fred, eu gostaria que vocês dessem meu amor à minha família e amigos". Jim Coleman era um de seus advogados e Fred Lawrence era o ministro metodista que rezara com Bundy durante a noite.Desde sua execução, Ted Bundy se tornou uma espécie de lenda. Hoje diversos filmes, séries e livros são produzidos para relatar sua história e tentar entender sua mente macabra.


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